Futuro Próximo é um Programa de Cultura Contemporânea da Gulbenkian dedicado em particular, mas não exclusivamente, à pesquisa e produção de arte na Europa, Africa, América Latina e Caraíbas. Todos os anos, um artista ou um atelier de arquitectura é convidado para desenhar um pavilhão nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, e em 2014 o desenho e a criação deste espaço foi entregue à SUBVERT.
O pavilhão foi dedicado inteiramente ao Festival de Literatura Latino-Americano – desde 20 de Junho até 30 de Setembro de 2014.
Totem «(…) um objecto natural ou um animal que uma sociedade em particular acredita que tem um significado espiritual e é adoptado como um emblema.»
Como um totem, o pavilhão foi desenhado como um espaço de reunião, discussão e contemplação, um emblema arquitectónico que representa a América do Sul. Este reflecte os quatro elementos da natureza: terra – de onde ele aparece; ar – o elemento que o sustenta; fogo – através do reflexo da luz e do sol; e água - sugerido pela sua matéria e forma. A estrutura do pavilhão é feita de aço e painéis de madeira cobertos de uma tela tensionada espelhada.
Quem entra e caminha pelos jardins Calouste Gulbenkian descobre esta instalação, uma experiência espacial de luz, som, cor, que reflecte de maneiras diversas os elementos da natureza.
Na mitologia Guarani, a palavra Tupã refere-se ao deus do universo e criador da luz. A sua casa é o Sol. Tupã torna-se, neste contexto, a representação arquitectónica de um continente, a América do Sul. Emerge dentro dos Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian como um objecto espelhado capaz de nos transportar para outra dimensão, para diferentes representações abstractas deste continente, para as suas cores, texturas e sons. O espelho, as cortinas, o fumo, o som e a luz tornam-se os elementos de transformação deste objecto, irradiando a essência da própria vida.